Blog do Felipe Ferreira

Tarde de uma véspera de Natal significa acabar de comprar presentes, ajudar com os preparativos para a grande ceia, ajudar na cozinha, arrumar a sala, sempre mantendo muita calma e tranquilidade, é óbvio que não, pelo menos pra mim não. Tarde de véspera de Natal significou ver um JOGAÇO de futebol americano entre New York Giants e New York Jets em que os Giants conquistaram uma gigante vitória por 29 a 14. 

Ary Graça deu mais uma prova que, sim, é um dos grandes dirigentes do esporte brasileiro. Uma parte da ascensão meteórica a qual o vôlei teve no Brasil na última década se deve muito a esse dirigente, que comanda, muito bem, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) desde 1997. Mas bem, a coisa é que Graça e todo o staff da entidade tiveram uma grande cartada ao anunciar uma divisão de acesso para a Superliga de Vôlei Masculina.

Uma ideia bastante interessante que ressalta muito bem o quanto o vôlei cresceu no Brasil. A forma de disputa da Superliga B funciona da seguinte forma: oito equipes são divididas em dois grupos (Grupo A: Funvic/Midiafone, Morro da Fumaça, Sport Clube do Recife e UFC/Ceará // Grupo B: Santo André, Climed/Atibaia, APAV/Canoas e Clube do Remo). Serão disputadas quatro etapa classificatórias no sistema grand prix, com todos jogando contra todos.

A princípio, a partida entre New York Giants e Washington Redskins aparentava ser um jogo bastante tranquilo, em que a franquia da cidade que nunca dorme conseguiria uma tranquila vitória pelo fato de jogarem em casa, além do fato que estariam diante da frágil equipe dos Redskins. Porém, os Giants, que sonham com a classificação para os playoffs, complicaram um jogo fácil e jogando muito mal acabaram perdendo por 23 a 10.

A derrota deixa o time de Nova York em situação perigosa quanto aos playoffs, ainda mais baseada na campanha de 7 vitórias e 7 derrotas. No entanto, será que o time merece mesmo a classificação?

Tal indagação acima foi feita assim mesmo para mim ao fim da partida. A tão irregular equipe vem encontrando diversas dificuldades e hoje se viu em mais um problema.

Eli Manning teve uma atuação fraquíssima. Não conseguiu armar boas jogadas ofensivas, sem contar que foi interceptado três vezes e o ataque dos Giants não encontrou nenhuma válvula de escape, não produziu nada de boa, nem ataques terrestres. Avanços longos para originar um field goal? Inexistentes.

A defesa do Giants também foi pouco brilhante. Com a maioria dos jogadores longe de estar bem, não adianta jogar toda responsabilidade para o jovem e talentoso Jason Pierre-Paul, outro atleta do qual a equipe é extremamente dependente.

Se vendo com uma irregularidade tremenda e altamente dependente de Jason e Eli, os Giants não são mais os merecedores a classificação, se colocaram tal feito em risco e não foram bem na temporada regular até aqui, buscar resolver tudo e melhorar de uma vez em dois jogos não é a coisa mais fácil.

Santos x Barcelona foi tratado como o grande embate do século no meio futebolístico, na prática, não vimos nada disso. A vitória por 4 a 0, com grande facilidade, colocando em xeque muitos saudosistas que ainda acreditam no fato de que o melhor futebol do mundo é jogado no Brasil e que esta equipe do Barcelona não é tudo isso. Sem precisar de uma grande discussão, Messi e cia mostraram em campo que a equipe está em outro patamar e é disparada a melhor do mundo.

Está certo que Muricy mudou completamente o estilo do Santos e o posicionamento tático é bastante questionável, contudo, isso é de menos. A equipe de Pep Guardiola deu uma aula de futebol e um nó tático no time brasileiro com um ofensivo 3-4-3, que ressaltava ainda mais a posse de bola, estatística a qual sempre viu o Barça a frente, que manteve durante grande partida mais de 70% no quesito.

Conseguindo trabalhar a bola com facilidade, não tardou para o time colocar os santistas na roda e dominar o jogo com muita calma, tranquilidade, habilidade e muita qualidade. Já que a bola era passada de pé em pé, mantendo o jogo bonito, que foi vendo os gols saírem de maneira natural. Neymar e seus companheiros estavam perdidos, não conseguindo oferecer resistência, muito menos cortar o embalo do clube azul-grená.

Por fim, um verdadeiro massacre, 4 a 0, e cabia mais. O Barcelona de Pep Guardiola, Messi, Xavi, Iniesta e tantos outros jogadores deu uma aula, mostrando muito além de um bom futebol, ao ressaltar que o futebol brasileiro não é mais o soberano, além de que precisa modernizar mais seu jogo e trabalhar mais a base. Enquanto alguns clubes pensam em começar um novo projeto, os catalães vão colhendo os frutos e, mais do que merecidamente, vão se consagrando na história como uma das melhores equipes de todos os tempos.

Após ter visto na última temporada um altíssimo investimento e o time não corresponder, ao menos, com uma regularida mais constante, a diretoria do Vôlei Futuro pensou melhor e para essa temporada viu os astros Leandro Vissoto e Lucão deixarem a equipe, com isso, o staff do time de Araçatuba acabou por investir mais no elenco, trazendo nomes que não são os queridinhos, porém, não decepcionam em quadra. Entre estes jogadores, está Lorena, oposto que comandou a equipe de Montes Claros em campanha que resultou no vice-campeonato na temporada 09/10, um grande jogador, porém com um defeito: seu temperamento explosivo.

Em Araçatuba, o oposto acabara por encontrar outro jogador, também famoso pelo temperamento forte: o levantador Ricardinho. Dois jogadores dentro de uma equipe com gênio forte é uma aposta arriscado, pois, um confronto entre ambos é inevitável.

No Vôlei Futuro, a situação não é diferente. Ricardinho e Lorena já se estranharam por algumas vezes em recentes partidas do Campeonato Paulista, em treinamentos a coisa não é diferente, e, por fim, os dois quase saíram na mão na partida da última quarta-feira (14) contra o BMG/São Bernardo, válida pela Superliga Masculina de Vôlei.

Ter jogadores em tais características é uma boa, pelo fato de sempre estarem cobrando o time e alavancando a equipe para um patamar melhor, mas tenho lado arriscado, que é o que vem a tona.  Em grande parte das partidas em que houve discussão entre o oposto e o levantador discutiram, a equipe deu uma desestabilizada e viu seu desempenho decair.

O tamanho da importância que Ricardinho e Lorena tam dentro da equipe sendo os dois principais jogadores é o tamanho da disposição e força de personalidade. Apesar da situação sempre ser amenizada aos fins da partida, tomar um caminho para evitar explosões maiores da dupla é o melhor caminho para que o bom elenco do Vôlei Futuro não acabe prejudicado,

A tão enrolada da NBA terá início no Natal e o mercado vem pegando fogo. Hoje, foi anunciada a contratação mais bombástica até agora. Famoso por ter status de perdedor e primo pobre de Los Angeles, acabou por contratar o armador Chris Paul, um dos grandes destaques do New Orleans Hornets, e que fará companhia a Blake Griffin, maior destaque dos Clippers e um dos melhores da última temporada.

Além de Paul, o time de Los Angeles trouxe também Caron Butler e Chauncey Billups, sem contar a repatriação de DeAndre Jordan. Em meio a este todo investimento, o que será que pode se esperar dos Clippers durante esta temporada?

Bem, a equipe é de excelente. Chris Paul e Blake Griffin podem ser incluído entre os 10 melhores da NBA. DeAndre Jordan é jovem ainda e vem ser uma boa opção. Caron Butler e Chauncey Billups são outros excelentes jogadores e tem muito a somar. De fato, tal quinteto é respeitável e digno de uma equipe que almeja algo alto.

Em comparação a outros times da mesma conferência, os Clippers se colocam no mesmo patamar dos grandes. Comparando nome a nome, os Thunders e os Mavericks se colocam em uma condição um pouco mais superior. Lakers e Spurs não tem excelentes jogadores da nova safra, mas acima de tudo, possuem história e jogadores experientes.

Na base, a equipe do Los Angels Clippers é excelente. Talvez, um pivô um pouco mais experiente e de melhor qualidade do que DeAndre Jordan seja uma investida interessante. Porém, há um fato que se deve ressaltar: os Clippers tem jogadores com talento e, o que é mais importante, jovens. Ou seja, podemos ver a equipe perdendo o status de perdedor e podendo almejar algo alto pelas próximas temporadas.

Se tem uma coisa que a edição deste ano da Copa Sul-Americana foi importante esta é o fato de que, enfim, a competição não foi tão menosprezada como nos últimos anos, sem contar que o infeliz apelido de segunda divisão da Libertadores  passou a ser usado apenas por verdadeiros "idiotas" os quais ainda acreditam que o único futebol bem jogado é o brasileiro.

Mas bem, todas estas consequências vieram a acontecer graças ao fato de que o torneio reuniu equipes de melhor nível e um clube em especial ganhou atenção de todos, até mesmo dos menosprezadores da Sul-Americana. Coroando um 2011 fantástico, a Universidad de Chile acabou por sagrar-se campeã da competição, apresentando um futebol vistoso e passando por cima dos tupiniquins Vasco e Flamengo, chegando até mesmo a ganhar a admiração dos "idiotas" citados no primeiro parágrafo.

A campanha de La U dá inveja a qualquer time. Foram 12 jogos, destes tivemos 10 vitórias e 2 derrotas, título invicto e rendendo comparações, justas em minha opinião, com o Santos campeão da Libertadores deste ano.

Muito bem treinada pelo argentino Jorge Sampaoli, a equipe viu seu estilo de jogo ser definido aos poucos pelos mais diversos técnicos que treinaram a equipe, porém, independente do treinador que esteja no comando, o estilo de jogo sempre se assimilará a um nome: Marcelo "El Loco" Bielsa.

A equipe joga no clássico 3-4-3 que Bielsa costuma usar em seus times. Os dois zagueiros que costumam jogar pelas laterais (D. Gonzalez e Rojas) chegam até mesmo a avançar e marcar seus adversários em cima. O brasileiro Marcos Gonzalez faz a função do clássico líbero, sendo responsável por jogar atrás da defesa e ser o homem do último bote.

O restante da equipe joga sempre com o mesmo intuito: partir pra cima. Outra característica clássica dos times de Bielsa, porém, La U joga com uma intensidade maior e apresenta uma grande dinâmica de jogo sabendo trabalhar bem a bola.

Por fim, resta comentar daquele que foi, disparado, o melhor jogador da Sul-Americana: Eduardo Vargas. O jovem atacante de 22 anos é de extrema habilidade, tem uma técnica invejável, esplendorosa visão de jogo e sabe fazer gols, sendo artilheiro da competição com 11 gols (recorde de gols em uma mesma edição). Com isso tudo, o chileno veio a ter importância extrema, sempre se movimentando muito bem, o craque do torneio sempre vinha a ditar o ritmo do ataque, vindo a ser auxiliado pelos bons atacantes Castro e Canales, outros dois nomes interessantes desta equipe.

O título invicto da Sul-Americana, coroou o melhor time da América do Sul e mostra que a tão questionada  competição não reúne apenas times de segundo escalão. A Universidad já se encontra a 35 jogos sem perder, chegou a ser comparada com o Barcelona e, assim vai conquistando novos admiradores, como este que vos escreve. O lado triste é saber que grande parte dos excelentes jogadores que formavam a equipe, se vão e a Libertadores de 2012 perde um enorme atrativo.