Blog do Felipe Ferreira

A partida ente Baltimore Ravens e San Francisco 49ers foi, de longe uma das mais brilhantes, mas só de trabalhar com o fato de que a partida marcaria o encontro de Jim (técnico dos Niners) e John (técnico dos Ravens) Harbaugh, já ganhou certo interesse de minha pessoa. Mas bem, em campo, o que se viu foi um jogo muito pegado e, por fim, uma grande vitória por 16 a 9 dos Ravens.

Mas bem, a vitória de John sobre seu irmão Jim mostra muitos mais motivos para o técnico do Baltimore Ravens se gabar diante de seu irmão. Além de uma grande atuação de sua defesa, a qual fez o QB dos Niners, Alan Smith, sofrer 9 sacks, a equipe conseguiu chegar ao status de melhor campanha da AFC com 8 vitórias e 3 derrotas, fazendo com que o fato de que a equipe possa postular tal marca até o fim da temporada regular seja uma realidade.

Porém, o que mais merece destaque nessa vitória dos Ravens é o fato de que a equipe jogou sem seu linebacker Ray Lewis, peça-chave e ídolo da torcida, porém, a defesa não mostrou sentir falta do tão importante jogador e teve uma atuação impecáve, mostrando que o conjunto é muito bom. O ataque encontrou certas dificuldades, mas o touchdown de Joe Flaco, que acabou por garantir a vitória em meio a apenas 161 jardas passadas.

Uma épica vitória dos Ravens sobre uma das (se não, a) surpresa da temporada, o San Francisco 49ers, que vinha de oito vitórias seguidas, porém, esbarrou em uma grande atuação defensiva dos seus rivais, além de que o ataque foi, teoricamente apático. Por fim, vitória e melhor campanha da AFC para o time de Baltimore.

Artur (Benfica): Desde que ganhou uma oportunidade no Braga, o goleiro brasileiro não decepcionou e acabou indo para o Benfica, onde também aproveitou sempre as chances que teve. Revelado pelo Cruzeiro, o goleiro de 30 anos vem em boa fase, confirmada pelas grandes defesas no confronto contra o Manchester United, levou dois gols, graças a falhas da marcação, realçando ainda mais sua grande fase. Se não fosse pela idade, merecia uma chance com Mano.

Bruno César (Benfica): Muitos questionaram a chance que o meia recebeu na seleção, mas, de fato, ele vem fazendo por merecer. Responsável pela articulação do meio-campo de sua equipe, Bruno César apareceu muito bem para o jogo, sem contar que aproveitou de falha de De Gea para construir a jogada do segundo gol de sua equipe, que empatou em 2 a 2 com o todo-poderoso Manchester United e garantiu vaga nas 8ªs da Champions.

Jonas (Valencia): Tudo bem que o jogo foi tranquilo e que o Valencia goleou o Genk por 7 a 0 com muitas poucas dificuldades, mas nada que deixe de tirar o brilho da grande atuação de Jonas. O atacante cumpriu muito bem o papel de dar certa movimentação ao ataque de sua equipe, marcou um gol, deu três assistências e merece toda a honra de ser considerado o melhor da partida.

Hulk (Porto): Assim como o Porto de Vítor Pereira, Hulk não vinha encontrando grandes facilidades para repetir as grandes atuações da temporada passada, porém, ontem, o atacante deu motivos para que o torcedor portista comemorasse. Brilhante atuação do atacante, que chamou a responsabilidade para si, marcou dois gols, sacramentou a vitória de sua equipe sobre o Shakhtar por 2 a 0 e manteve as chances de classificação do clube português.

Rafinha (Bayern): Rafinha saiu do Schalke, passou pelo futebol italiano, agora, chegou ao Bayern de Munique e segue repetindo, sempre, as mesmas falhas, que são inadmissíveis para um lateral que tem vontade em jogar em alto nível, principalmente quanto a marcação. Tudo bem que o clube bávaro venceu o Villareal por 3 a 1, mas a atuação do brasileiro foi muito ruim, tanto que o único gol da equipe espanhola foi em cima dele, que estava perdido em campo.

Lúcio (Inter): Já a algum tempo eu venho percebendo que Lúcio não é mais o mesmo zagueiro de antigamente. Minha ideia veio a ser confirmada no empate da Inter com o Trabznospor em 1 a 1, jogo em que o brasileiro estava confuso em campo. Completamente perdido e apresentando certa lentidão (efeitos da idade), o time turco criou grande parte de suas chances em cima dele. Se não fosse um lampejo de Samuel, que jogu muito bem, a Inter poderia ter entrado em apuros.

Robinho (Milan): Ganhando uma oportunidade para começar jogando na partida contra o Barcelona, o atacante brasileiro não passou de uma decepção. Facilmente anulado por Abidal, o jogador revelado pelo Santos não conseguiu puxar seus rápidos contra-ataques, perdeu gols, além de que, não parou de reclamar. Jogo a ser esquecido por Robinho...

Após idas e vindas, diversos tumultos e atuações pouco convincentes, Kléber deixará o Palmeiras. O destino é o Grêmio, onde receberá um salário de, aproximadamente, 500 mil reais mensais. Para a concretização da transferência basta o aval do Cruzeiro, que detém 50% dos direitos do jogador.

Sem delongas, o Tricolor gaúcho gastou uma bolada com um jogador, que de longe, é o que a imprensa fala e não passa de um atleta esforçado, conseguindo brilhar contra times pequenos e acabando por bater em zagueiros adversários, ganha admiração da torcida por acreditar que o atacante é raçudo.

Concretizando minha teoria de que o Gladiador nada mais é que um jogador mediano, basta levar em conta sua trajetória em seus clubes: ele chega com festa, vai a uma festa da torcida organizada e ganha admiração dos torcedores, no estadual entra em campo e faz gols contra equipes pequenas. Já contra times grandes, Kléber some ou arruma confusão, nada mais disso. 

Quando ele ainda tem moral com a torcida, ele recebe uma proposta de outro clube, briga com a diretoria, faz a torcida brigar com a cúpula diretora e tudo mais. Até que chega a um ponto que ele cansa da onde está, diz que quer sair e sai, vai pra outro clube e toma o mesmo rumo. O futebol apresentando? Pequeno, muito pequeno.

Agora, o Grêmio é o destino do Gladiador, com certeza, o começo da história vai ser idêntico ao de Palmeiras e Cruzeiro, só é de se esperar que Kléber reconheça que há uma hierarquia dentro do clube e não é ele quem manda, a torcida gremista tem que pegar no pé e não chorar de amores, seguindo isto, talvez, o atacante convença, queime minha língua e mostre que está mais do que solução do que para problema.

"Mesmo antes de minha chegada, percebíamos que vinha se repetindo. Está na hora ou até já passou do momento de tomarmos uma decisão do caminho que iremos trilhar". Estas foram as palavras de Dorival Júnior, atual técnico do Internacional, que decidiu o caminho cujo seu time deve seguir, o qual é uma vaga na Libertadores, porém, a irregularidade da equipe, que não para de alternar entre bons e maus momentos, faz com que o tão pretendido objetivo fique ameaçado.

Faltando cinco rodadas para o fim do Brasileirão, o clube gaúcho ocupa a 7ª colocação com 51 pontos e está 4 pontos atrás do Flamengo, último colocado na zona da Libertadores. A sequência final do Colorado é bastante complicado e o sonho de jogar a grandiosa  competição continental vai se transformando em utopia, fazendo com que os planos de se jogar a Copa do Brasil fiquem ainda mais reais, para diminuir ainda mais as esperanças da torcida, a irregularidade da equipe vem pesando de maneira enorme no campeonato, fazendo que só o estigma futebol é uma caxinha de surpressas possa colocar o Internacional no seu rumo.

Vivendo com desfalques rodada-a-rodada, o Inter chegou a esboçar uma arrancada muito em função do caminhão de gols de Leandro Damião, mas o goleador se machucou, acabando por prejudicar todo um sistema ofensivo, já que Jô não mostrou a que veio. Outra falta que foi muito sentida em muitos jogos foi a de D' Alessandro, o argentino vem tomando muitos cartões amarelos (já tomou 12 ao todo, ficando em 3° lugar no ranking dos indisciplinados), o que acaba por gerar suspensão automática e um vazio no sistema criativo do time porto-alegrense.

Em meio a certa dependência de Damião e D' Alessandro, o Inter sente falta de uma voz firme dentro de campo. Desde a saída de Fernandão, a faixa de capitão vai sofrendo um rodízio e até hoje não foi encontrado um homem a ser referência dentro de campo.

O time colorado é muito bom, mas é mais do que notório que falta algumas boas e eficientes peças para suprir os titulares intocáveis. A presença de um jogador referencial também é outra coisa excelente. Resumindo, com tantas falhas, o Internacional pode ser considerado uma das (se não "a") equipe mais irregular desse Brasileirão, as derrapadas ocorreram lá trás e agora, Dorival Júnior e cia deverão pagar o pato.

... é um orgulho que nem todos podem ter. Tal trecho do hino do Santos demonstra muito bem a situação de Neymar, que abriu mão de milionárias propostas do pomposo futebol europeu para aumentar ainda mais seu status no time da Vila Belmiro, por onde deve ficar até o fim da Copa do Mundo de 2014.

Sem delongas, Neymar e o Santos foram inteligentíssimos. O jogador preferiu não arriscar e ter uma passagem furada pra Europa, segue no Brasil, onde ganhará ainda mais moral e condição de ídolo, sem contar que pode ganhar mais títulos e entrar de vez na história santista. O clube, por sua vez, mantém um jogador que já tem certo renome, podendo conquistar mais torcedores principalmente entre os jovens, sem contar o fato da popularidade fora do Brasil, além de mostrar um grande exemplo aos outros clube quanto ao tratamento a promessas.

Outro fator que vale muito a pena ser destacado com a permanência de Neymar é que cada vez mais o futebol brasileiro vai crescendo. Um jogador que gerou ferrenha disputa entre os grandes do futebol mundial segue em terra tupiniquins, dando um espaço ainda maior para um alavanque dos campeonatos nacionais. Ainda mais com a Europa em crise, o que pode significar volta de jogadores importantes sem contar certa facilidade em manter jovens promessas.

Neymar nasceu no Santos, vive no Peixe e pode morrer na Vila Belmiro. Há tempos que não vinham um jovem jogador com tal relação com o clube, o que anima até mesmo ao fã do futebol brasileiro, já que o nosso futebol pode crescer ainda mais, a jovem promessa santista já deu o primeiro passo...

Desde que foi derrotado por 2 a 1 pelo Hannover na 6ª rodada e as turbulências internas começaram a assolar Dortmund, o Borussia mudou. Mesmo sem por diversas vezes conseguir encaixar boas atuações e colecionar decepções na UEFA Champions League, a postura e os resultados da equipe no campeonato nacional são outros.

Daquele revés até agora, ocorreram seis partidas no campeonato alemão, em que a equipe do técnico Jürgen Klopp apresentou um desempenho invejável. Foram cinco vitórias, uma derrota, 19 gols marcados, apenas 3 gols sofridos e, o mais importante, a consolidação na briga pela ponta da Bundesliga.

Quem vê os atuais jogos do time e presenciou as primeiras partidas da temporada, sabe muito bem a enorme diferença e crescente do atual campeão alemão. O badalado trio Kagawa, Grosskreutz e Götze não conseguia repetir as grandes atuações da temporada passada, sobretudo o japonês. Lucas Barrios se machucou e fez falta, já que Lewandowski é de longe unanimidade dentre os admiradores do bom futebol, contudo, o mês de outubro mudou tudo isso e o bom futebol passou a ser apresentado.

Logo, Grosskreutz e Götze trataram de mostrar que realmente são dois dos melhores jogadores alemães da atualidade. Kagawa demorou, mas está voltando aos poucos a jogar bem. Lewandowski seguiu o embalo e chegou a um status de que muitos defendem sua titularidade mesmo com a volta de Barrios. Resumindo a obra, a atual equipe mostrou que tem sim extrema capacidade de ir longe mesmo sem Sahin, peça mais do que fundamental na última temporada.

Ao lado, fiz uma simples pranchetinha para mostrar como o Borussia Dortmund vem jogando atualmente, uma forma muito semelhante ao time campeão da última temporada.

Götze e Grosskreutz sempre aparecem como excelentes opções pelas pontas, com destaque para a troca de posições que ocorrem entre os dois, sendo isto, um dos grandes trunfos da equipe.

Kagawa é o meia-armador. Sempre se movimenta bem em busca de jogo e dando condições para o avanço dos pontas e para Lewandowski ter espaço e condições para finalizar.

Os laterais costumam apoiar bem o ataque, por isso, Bender faz a função de cão de guarda da defesa, função muito importante em um time que apresenta características ofensivas.

Por fim, resta a incógnita. Leitner ou Kehl? A saída de Sahin fez com que esta dúvida pairasse sobre a cabeça de Jürgen Klopp, Leitner tem muito a acrescentar quanto a velocidade e criatividade, sem contar que recompõe normalmente o meio-campo, por isso o considero a melhor opção, mesmo sendo a que não é preterida pelo jovem e bom técnico.

Na Bundesliga, o time já encontrou uma maneira de adaptar seu jogo a excelente forma de jogar da última temporada, conseguindo colecionar boas atuações e aumentar a confiança de seu torcedor, já na UEFA Champions League, as coisas ainda não funcionaram. 

Na competição mais importante da Europa, o Borussia repete algumas falhas comuns às do início de temporada, que muitas vezes se repetem, a equipe trabalha, trabalha a bola e não chega ao gol, perdendo uma infinidade de chances, contudo, é mais do que perceptível que tal problema aos poucos vem sendo resolvido.

A melhora e reação no campeonato nacional já é uma realidade. A vitória na última rodada da Champions por 1 a 0 sobre o Olympiakos deve dar um novo gás a um time que não merece nenhum pouco postular o rótulo de time de Bundesliga.

O futebol sul-americano nunca foi devidamente valorizado pela imprensa europeia. O fato de jovens atletas se transferirem constantemente para a Europa, em clubes que reinam altos investimentos e muito dinheiro, faz com que muitos por lá desenvolvam  certo receito e relativo preconceito com o futebol na América do Sul.

Aos poucos, o futebol vai se globalizando e a imprensa europeia começa a trabalhar e focar um pouco mais no futebol sul-americano, mas nada que possa ser comparado com o enfoque dado por aqui ao futebol europeu.

No entanto, um acontecimento prova que aos poucos o enfoque no futebol sul-americano vai crescendo e promete crescer ainda mais. A inclusão de Neymar na lista dos 23 jogadores que concorrerão ao prêmio de melhor do mundo mostra que é possível sim se destacar  em nível internacional jogando em terras tupiniquins.

Neymar é um jogador fabuloso, conquistou e ainda vai conquistar muitas glórias em sua mais do que promissora carreira, ele ser lembrado pela France Football (organizadora do prêmio) é apenas um pequeno passo para mostrar de tudo o que o garoto pode fazer no futebol mundial. No entanto, o futebol sul-americano ganha respeito, bastante respeito, e mesmo sem muita pompa, pode acabar por receber o devido respeito que merece...