Diário de bordo

Eu vi essa cena diretamente das arquibancadas do Adib Moyses Dib, podem ficar com inveja (Foto: Vipcomm)

Vocês bem sabe que eu sou um grande fã de vôlei e da equipe do Vôlei Futuro, que é o time da minha cidade. Bem, eu deixei de ir em dois jogos apenas aqui em Araçatuba, acompanhei praticamente todos e não poderia deixar de ir na final contra o Sada/Cruzeiro no que era o capítulo final da epopeia vôlei futurista na Superliga Masculina.

Bem, para que desse certo de eu ir a São Bernardo do Campo, a jornada começou muito antes da noite da última sexta-feira. Na segunda-feira passada (18), recebi a missão de ter que ficar sentado no ginásio em meio a várias pessoas por algumas horas afim de garantir uma vaga em um dos 35 ônibus cedidos pela diretoria do Vôlei Futuro para a final. Bem, passou 1, 2, 3, 4 horas (talvez foi mais, eu não me preocupei em contar) e consegui garantir a vaga no ônibus de número 11, ficando apenas a ansiedade exalando (#BoleragemStyle) para que chegasse sexta para a viagem.

Sexta-feira. 10 horas da noite, estádio lotado não para ver o jogo, mas para organizar a viagem. E lá se foram o ônibus 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13 e 14. Até que chegou a vez do meu ônibus sair, demora oriunda do fato da pessoa responsável por organizar as coisas ter uma velocidade de Rubens Barrichello, até que perceberam que precisava de mais gente pra ajudar, mandaram mais e, enfim, ajeitaram as coisas e podemos sair para a viagem de pouco mais ou pouco menos 500 km.

Resumindo a viagem de ida em apenas uma letra:

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

Sim, eu só dormi e não tenho nada a falar. Acordei somente nas proximidades de São Bernardo já com a organização dos ônibus para que chegássemos em comboio no ginásio com escolta da polícia.

Tudo organizado. 35 ônibus, polícia escoltando e eu estava me sentindo no melhor estilo VAI CURINTCHIA, ou seja, maloqueiro sofredor. Chegando nas proximidades do estádio, vimos a torcida organizada de futebol do Cruzeiro que no caso frequenta os jogos de vôlei e alguns poucos verdadeiros torcedores. 

Tudo já ajeitado. Entramos no ginásio Adib Moyses Dib, juntamente com minha família sentei bastante próximo da onde os profissionais de imprensa entravam e saíam, local perfeito para a diversão pré-jogo. O primeiro a passar foi a Leila, ex-jogadora e comentarista da Globo, chamei ela e ela não olhou. Depois, foi o narrador da Globo, Luiz Carlos Jr, e cornetei ele pelo fato dele sempre se posicionar contra o time do Vôlei Futuro:

"Ô Luiz Carlos, vê se não torce contra o Vôlei Futuro hoje não hein". Ele deu um sorrisinho amarelo e me mandou um joinha. Rápida observação: ele não seguiu minha orientação e torceu contra do mesmo jeito. 

Outro que passou lá perto e inclusive sentou perto deste humilde blogueiro foi Luziomar de Moura, técnico campeão da edição deste ano da Superliga Feminina com o Sollys/Osasco e que iria comentar o jogo pelo Esporte Interativo, logo estabeleci contato com ele:

"Ô Luziomar, é sacanagem viu... Vocês perdem a Hooker, contrata a Sheila e mais uma vez vocês vão ter um timaço. Tem que deixar de ser egoísta, deixa o Vôlei Futuro ganhar na próxima temporada". A resposta foi semelhante a do Luiz Carlos Jr, recebi um joinha e um sorriso, só que este não foi amarelo.

Enquanto o jogo não começava e a tensão seguia exalando (#BoleragemStyle 2), parei um pouco pra observar duas coisas. A primeira, é como a torcida de futebol do Cruzeiro não condiz com o vôlei, os cara tirou tudo a camiseta e estavam pulando igual animais, estragando aquele ambiente familiar e agradável que o vôlei tinha, mas tudo bem, até que eles se comportaram bem. A segunda, é como o André Henning, narrador do Esporte Interativo que estava fazendo o pré-jogo lá perto da onde estava, parece com o Dobby do Harry Potter, mas bem, deixa isso pra lá.

Até que chegou a hora. O jogo começou. E logo no começo tivemos um dos mais épicos momentos da partida, Camejo, ponta do Vôlei Futuro, balançou a rede (lembrando que estamos falando de vôlei, ou seja, entenda isso da forma que está escrito, já que não tem como fazer gol no vôlei e se aproveitar do sentido denotativo da palavra) e comemorou de frente pros jogadores do Cruzeiro, começando o pau. Lorena, nosso tão querido maluco-beleza, foi pro lado cruzeirense da quadra com o intuito de resolver o problema da forma antiga, até que para minha tristeza visto que estava louco pra ver o pau comer, o juiz apartou a briga e deu cartão amarelo pros jogadores.

Com os nervos já acalmados, voltamos a ter um jogo de vôlei e o primeiro set foi do Vôlei Futuro. No segundo set, o Cruzeiro venceu. E no terceiro, aconteceu o mais drástico momento da partida, o MITO Lorena caiu na quadra, começou a chorar de dor, sim, o principal jogador da equipe araçatubense foi obrigado a sair e assim desestabilizou tudo, dando plenas condições para os cruzeirenses vencerem, o que realmente ocorreu.

Vitória justa e merecida do time que é o mais entrosado e acertado da Superliga. Realmente, os mineiros jogaram mais, foram melhores do que o Vôlei Futuro, que teve a infelicidade ocorrida com Lorena, e ficaram com o título, graças a um equilíbrio fantástico do time.

Restava a viagem de volta. E o Vôlei Futuro ter perdido é o de menos, o que com certeza ficou é a paixão pelo esporte e a diversão da viagem.

Observação final: a viagem de volta foi tão chata que nem vou falar nada.

This entry was posted on domingo, 22 de abril de 2012. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.

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